sábado, 27 de fevereiro de 2010

Jungle Cruise - Tudo Sobre a Atração

Esta foi uma das primeiras atrações criadas que não foi baseada em nenhum desenho animado da Disney e sim num filme chamado The African Queen (Uma Aventura na África, 1951) e num documentário da série True-life Adventure de 1955 chamado The African Lion (O Leão Africano).

Enquanto o documentário foi filmado aos pés do Kilimanjaro durante 3 anos, The African Queen, nome do barco que vende suprimentos para vilarejos do leste da África durante a 1ª guerra mundial, é baseado no romance de C. S. Forester que conta a história de uma missionária britânica que vê o irmão ser morto por soldados alemães e encontra ajuda na embarcação. As bebedeiras, maus modos e arrogância do capitão a irritam, mas logo todo o ódio se transforma em amor.
Na história criada pelos Imagineers para a atração, o Jungle Cruise se encontra num posto avançado britânico durante a era da depressão no rio Amazonas e é operado por uma companhia ficticia chamada The Jungle Navigation Co. cujo cartaz pode ser visto na saída da atração.

A idéia original de Walt Disney era poder contar com  animais de verdade mas depois de consultar especialistas em vida selvagem, ele foi convencido de que seria impossível ter os animais da forma e no local que ele queria e que, ao mesmo tempo, fosse atrativo e seguro para os guests. Muitos são animais noturnos e outros ficariam facilmente estressados com a passagem constante de pessoas e com o funcionamento dos equipamentos necessários para a atração que tem representações dos rios Amazonas, Nilo, Congo e Mekong além dos vários animais específicos desses locais.

Na entrada da atração, preste atenção no caminhão estacionado. O estepe foi posto em frente ao radiador, formando um Hidden Mickey com os dois faróis sendo as orelhas. Outro Hidden Mickey muito legal aqui foi adicionado na última reforma da atração e fica no chão, logo a direita da entrada. Quando chove, uma poça na forma do rosto do Mickey torna-se visível.

Antes de embarcar na viagem de 10 minutos, podemos ver mais uma piada contada pelos Imagineers: uma placa de “Funcionário do Mês” da companhia é vista com o nome do funcionário E. L. O.’Fevre. Ao falar o nome rapidamente, o som é de Yellow Fever, ou seja, febre amarela: doença infecciosa, transmitida por mosquitos da América do Sul, Central e na África.

 VIAJANDO PELA ATRAÇÃO

Nossa viagem começa pelo rio Amazonas onde encontramos borboletas com meio metro de envergadura. Ao passar pela Inspiration Falls, chegamos ao Rio Congo, na África. O capitão nos explica que há uma tribo de pigmeus com uma festa preparada para nós mas ao chegarmos à praia, percebemos que as canoas estão vazias e não tem ninguém no local. Em seguida descobrimos que uma cobra Python gigante foi a responsável por espantar os pigmeus do local.
O barco então passa por um acampamento que foi invadido por gorilas e chega ao rio Nilo. Após encontrar 2 elefantes, passamos por savanas africanas onde vários animais assistem aos leões devorando sua presa. Em seguida, avista-se um grupo de safari que se encontra preso em cima de uma árvore para escapar do ataque dos rinocerontes.

Agora passamos por outra queda, a Schweitzer Falls que nos leva à piscina dos hipopótamos. Eles estão a ponto de atacar o barco quando o capitão os espanta com um tiro. Avistamos então a parte de trás de um avião Lockheed L-12 Electra Junior no meio da selva. A outra metade encontra-se na cena de Casablanca na atração The Great Movie Ride no Disney’s Hollywood Studios.Tambores são ouvidos ao entrar no território dos caçadores onde nativos dançam perto do barco. Agora estamos no rio Mekong, onde passamos por dentro de um templo cambojiano que foi destruído por um terremoto e encontramos um tigre, macacos e cobras por todo o lugar. Ao final do templo, no lado esquerdo, existem áreas da parede que foram desgastadas com o tempo. Uma dessas áreas forma o rosto da Minnie.
 A saída é numa espécie de santuário dos elefantes onde podemos ver vários deles se refrescando em cachoeiras e esguichando água. 
 A atração termina com o barco passando pelo Chefe Namé, o vendedor da floresta, que tem cabeças humanas encolhidas a preços camaradas para oferecer aos passageiros.

A atração conta com 15 barcos (com um máximo de 10 funcionando ao mesmo tempo) projetados pra ter uma aparência bem envelhecida como na década de 30, mantendo assim o clima de aventura. Eles tem seus nomes tirados desses rios e de alguns outros e a fala dita pelo seus condutores é sempre muito divertida e conta com muito improviso. É sempre legal quando descobrimos, por exemplo, que as quedas Schweitzer tem esse nome porque o próprio sofreu uma queda de lá ou ver uma lista de pessoas e barcos desaparecidos ao sair da atração.

Todo o trabalho de vegetação aqui e todas as lições aprendidas foram vitais para outros projetos no Walt Disney World. Uma das maiores dificuldades foi escolher o tipo certo de vegetação para que a atração tivesse um clima de floresta tropical e que as plantas, conseguissem sobreviver ao inverno da Florida, ao mesmo tempo que elas juntas representem diferentes lugares do planeta, de forma suave e sem parecer que estão fora de lugar. Além de ter que importar várias plantas, foram usados vários truques como, por exemplo, plantar laranjeiras já crescidas de cabeça pra baixo e usar suas raízes pra plantar parreiras, dando assim uma visão exótica ao local mesmo usando plantas comuns. A água, sempre límpida, foi tingida de castanho.

Bill Evans da WDI Master Landscape Design foi o responsável por solucionar todos esses problemas. Na  praça em frente à entrada do Jungle Cruise, podemos ver uma homenagem a ele. Os vasos de madeira com grandes árvores dentro, tem os dizeres: “Evans Exotic Plants Exporters”.
A reforma da fila em 1991 trouxe uma melhora significativa ao show, com novas peças decorativas e a transmissão de rádio que não existia antes, preparando melhor os guests para a viagem. Um desses novos adereços é uma jaula onde se lê o nome de Wathel Roger, responsável por desenvolver a mecânica de todos os animais da atração. Outra decoração divertida que foi adicionado é o Menu do dia (perto do final da linha, antes do ponto de embarque) onde todos os pratos são feitos com galinha.



É nesta fila que encontramos o escritório de Albert Awol, Capitão fictício da atração, locutor da rádio DBC (Disney Broadcast Company) e DJ de músicas da década de 30. Sua transmissão é ouvida por toda a Adventureland, sendo mais um elemento usado para relacionar em que época estamos ao passer por este canto do parque.

Como curiosidade, vale lembrar que foi feita uma paródia da atração na edição especial do DVD de “O Rei Leão” no Safari Virtual de Timon e Pumbaa.


Nome dos Barcos da Atração

    * Amazon Annie
    * Bomokandi Bertha (equipado com elevador para cadeira de rodas)
    * Congo Connie
    * Ganges Gertie
    * Irrawaddy Irma
    * Mongala Millie
    * Nile Nellie
    * Orinoco Ida
    * Rutshuru Ruby
    * Sankuru Sadie (único a já ter afundado)
    * Senegal Sal
    * Ucyali Lolly
    * Volta Val
    * Wamba Wanda (equipado com elevador para cadeira de rodas)
    * Zambesi Zelda

Aposentado

    * Kwango Kate (Aposentado em 2000)

Alguns Hidden Mickeys

 

  

Trabalho sendo feito no tigre e Walt Disney dentro da Atração



 


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